Tantos pensamentos amontoados, sonhos, desejos, brisas, informações internas e externas...Tanta coisa junta e misturada que ao mesmo tempo que penso pouco faço a respeito.
O pouco se fazer a respeito também deriva de outro fator que difere da minha auto motivação desmotivada, esse fator se chama tempo. Aquele que sempre julgamos ser tardio ou adiantado demais, mas que a cada dia estou aprendendo respeitar e amar afinal o tempo é perfeito, ele fez o universo e tudo o que somos portanto se existe algo a consertar só pode ser dentro.
É louco isso andar, viver, ser intenso, voar, depois parar, quase morrer, ficar vazio e cair... Realmente não se deve reclamar do tempo pois até com toda a preguiça, desmotivação e comodismo ele nos faz viver sempre coisas novas. Sempre estamos vivendo vidas e mortes, superações e perdições, intensos e vazios.
O tempo nos dá todos os dias milhões de possibilidades, faz as coisas acontecerem, faz com que os dias sejam diferentes e as experiências também.
Se o tempo dá tanta novidade de vida, sentimentos variados, situações tanto esperadas como díspares e o final da história é sempre o mesmo é fato que eu tenho seguido o mesmo roteiro.
Já me olhei tanto, tantos planos de ação, tanto esforço em prol ao auto-conhecimento, tanta fé, Amor a tudo, investimento em cultura e riqueza de espírito... Tanto? Na verdade é pouco pois isso já é feito desde sempre, muita coisa evoluiu, outras estão estão evoluindo mas se não expandir o terreno o final será o mesmo de novo: Muitos frutos para pouco espaço, frutos perdidos, frutos com erva daninha, frutos sem ar para respirar.
Não dá para evoluir só em algumas coisas, o crescimento tem que ser conjunto se não a parte da vida estagnada não vai comportar a outra parte da vida que expandiu, não dá para andar direito com uma perna maior que a outra e tão pouco ir além com o caminho bloqueado já que não o abri mais.
Mas uma coisa eu aprendi, olhar sempre para isso. Auto-cobrança total o tempo todo mas sem tortura, sem peso e sim com perdão, agradecimento e Amor .
Olhando sempre para deficiência mesmo que ela se repita sempre, todos os dias, por anos enfim uma hora agente cansa, e pelo cansaço reagimos. Não cansaço de ser quem se é mas cansaço de se permitir a estagnação, cansaço de se desamar, cansaço de cair sempre naquela mesma rede...
E quando cansamos e reagimos nos perdoando,nos agradecendo e nos amando tanto o tempo, como a vida, as pessoas... enfim todo o nosso universo interior e o universo exterior se abrem. Entramos em sintonia com todos os universos e enxergamos o quão infinito somos e o quanto todas as coisas nos são possíveis.
(Wesley Alves)
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