sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O Paradoxo do Tempo



Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e raramente estamos com Deus.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a vive...r; adicionamos anos
à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a
rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas
não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos..
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão aqui para sempre.
Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.
Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame... se ame muito.
Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.
Por isso, valorize sua familia e as pessoas que estão ao seu lado, sempre.



(George Carlin)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Solidão


A solidão é o caminho, com ela posso me encontrar.
Pois é ela que me faz entender que preciso de mim, preciso me olhar.
Não se trata de solidão do mundo pois pessoas maravilhosas não faltam, até o namorado que não é namorado existe e é maravilhoso também.
A solidão é de mim mesmo, sem bem estar próprio e individual tudo perde o sentido, não existe bem estar coletivo.
Tudo parece duvidoso, até as coisas nobres e certas. Nada parece preencher o vazio.
E não vai preencher, ninguém quer e nem pode ajudar. 
A tristeza da solidão é um fardo que se carrega sozinho, as pessoas nunca querem e nem podem ajudar e só se aproximam da solidão de um indivíduo quando também são solitárias, não para transformar a solidão em compania mas sim uma grande solidão coletiva num grostesco culto a tristeza e ao pesar...
Ou então proporcionam momentos de fuga em prazeres e bem estar momentâneos o que também atrapalha pois se adia o sofrimento que tem que ser sentido com toda a intensidade de dor para ser resolvido logo.
É louco ter tanta gente ao redor e ao mesmo não ter ninguém, nada certo nenhum porto seguro.
No amor se ouve e fala palavras bonitas e verdadeiras que saem do fundo a alma mas a distância e a incapacidade do proporcionar transformam toda a beleza dos sentimentos mais excelsos em um grande e profundo abismo, a incapacidade de se viver a vida sonhada ao lado de quem se sonhou torna-se um fardo nesses momentos e faz pensar o quão tudo é tão perfeito e ideal e em contrapartida o quão a fase de insatisfação pessoal tira a magia desse tudo ideal perfeito o transformando em um mar de angústia onde a baixa estima e o complexo de inferioridade torturam os pensamentos e impede o ser admirado, principal adubo para o amor e todos os sentimentos e energias boas que regem o mundo.
Li essa semana que preciso entender os meus processos pois cada um tem o seu, concordo em grau e gênero.
Essa coisa de solidão é bem complexa mas não é só Ying é Yang também como tudo na vida.
Na solidão nos conhecemos, nos encontramos, e enxergamos com mais clareza o quanto devemos nos amar para amar o mundo.
Entendemos que por mais que sejamos cercados de amores, coisas e pessoas maravilhosas o nosso vazio apenas nós podemos preencher e temos que preencher com amor, com perdão, com gratidão, com fé, com esperança.
Não temos ninguém no mundo a não ser nós mesmos se nos abandonarmos ninguém vai cuidar de nós.
Que nossas mãos sempre estejam estendidas para nós, que os braços estejam sempre abertos para o auto-abraço pois a partir do momento que conseguirmos nos abraçar, lutar pelos nossos objetivos com todo o amor de quem se conhece e convive desde sempre tudo muda, todos abraçam, todos ajudam na luta, todos nos amam e se não fizerem que importa? Já se faz por si mesmo.


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